terça-feira, 1 de agosto de 2023

Sangue, suor e gozo

Abro meus olhos com sofreguidão
A respiração, mal consigo controlar 
O corpo sofre cansado, sem ar 
Sinto, na garganta, bater o coração 
Pele rasgada, sinto arderem as feridas 
Parece que, a qualquer nomento, 
Espero a ceifadora fazer sua visita 

Melhoro a visão e te vejo ao meu lado 
Você, tão suada, sofre igualmente 
Já sem forças para qualquer ação 
Parte da minha pele sob suas unhas 
Na sua pele, marca dos meus dentes 

E nesse visual de sofrimento e violência 
O horror mortalmente prazeroso 
E no lençol nem mais se distingue 
O que é sangue, do que é suor 
do que é gozo...

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